Autoavaliação

Os pontos fortes e fracos do Programa, definidos nesta Seção, foram extraídos deste projeto de Autoavaliação do Programa. Esse documento foi elaborado pela comissão formada pelos Professores Francisco de Assis das Neves (ex- Coordenador Geral do PROPEC) e Francisco Célio de Araújo (ex-Coordenador de Área), ambos do quadro de docentes permanentes do Programa.

Os referidos docentes se basearam na seguinte estratégia para elaborar o projeto: inicialmente, eles fizeram um diagnóstico completo do PROPEC com o objetivo de fornecer, primeiro, uma visão geral do Programa; depois, foram definidos os elementos valiosos que poderiam servir para a tomada de decisão, por parte da Coordenação, com vistas aos rumos futuros do Programa; na sequência, eles estabeleceram uma ampla discussão com o corpo docente, discente e funcionários do Programa.

Deve-se frisar, entretanto, que esse processo de autoavaliação já vem sendo tacitamente realizado ao longo da existência do PROPEC, embora essa prática nunca tenha sido concretamente sistematizada em um documento explícito. Menciona-se que, de certa forma, esse processo tem sido adotado, se não por todos, pela grande maioria dos Programas. Portanto, o processo de cobrança da CAPES para que os Programas preparem um plano de autoavaliação por meio da confecção efetiva de um projeto, contribuirá, de forma sistemática, para definição dos pontos nos quais o Programa pode melhorar (correção de falhas ou rumos), além de realçar aqueles pontos onde o Programa é forte. 

É importante destacar que o documento de diagnóstico (anexado ao Projeto de Autoavaliação), além de constituir uma referência para a gestão do Programa, como já mencionado, é também uma espécie de livro-história do Programa, no qual efetivamente encontrem-se registradas as batalhas travadas ao longo de sua existência.

O documento de diagnóstico identificou como o PROPEC se encontra atualmente e como evoluiu ao longo da sua existência, em relação aos seguintes elementos de análise: corpo docente; disciplinas; tempo de titulação; endogenia; publicações; pós-doutorado do corpo docente; bolsistas de produtividade do CNPq; número de alunos/ano; instituição do mestrado/doutorado; número de bolsas por órgão de fomento; número de defesas/ano; conceitos CAPES; infraestrutura física/laboratorial; equipamentos por laboratórios do Programa; softwares disponíveis; salas de estudo para alunos; salas de aula; mídias de ensino; técnicos de laboratório, secretaria do Programa; e visibilidade do Programa.

 

De acordo com este documento produzido e conforme já atestado nas últimas avaliações, pode-se mencionar como pontos fortes do PROPEC:
i. Coerência e consistência da proposta do Programa, que se baseia nas demandas da sociedade, inserção no meio e enfoque multidisciplinar, de forma a propiciar a formação de recursos humanos altamente qualificados;
ii. A ênfase em estruturas metálicas, de concreto armado (recente) e mistas (aço-concreto) é adequada e abrangente no contexto regional e na formação do corpo docente;
iii. As linhas de pesquisa abordam temas relevantes e bem adaptados às demandas regionais, mas também com grande repercussão nacional;
iv. As disciplinas e a estrutura curricular são adequadas às linhas e projetos de pesquisa;
v. A infraestrutura laboratorial (de ensaios, de informática e de ambiente de aulas e estudos) é adequada ao bom funcionamento do Programa;
vi. Forte interação com o meio industrial através de projetos de pesquisa e desenvolvimento com as principais siderúrgicas e mineradoras do país;
vii. Interação com as principais universidades e centros de pesquisa do país;
viii. Forte interação com os cursos de graduação em Eng. Civil, Eng. Ambiental e Arquitetura da UFOP via projetos IC integrados aos de pesquisa dos docentes do Programa.

 

Nos últimos anos, podem ser destacados os seguintes pontos:
i. Aumento de produção científica em periódicos bem classificados segundo o sistema Qualis/CAPES, ou seja:
- No Quadriênio 2013-2016, foram 45 artigos com Qualis A1-B2;
- Em 2017, foram 25 artigos em periódicos, todos com Qualis A1-B2;
- Em 2018, 26 foram artigos com Qualis A1-B2; 
- Em 2019, dos 42 publicados, 33 foram artigos com Qualis A1-A2; e
- Em 2020, dos 40 artigos publicados, 31 estão no extrato Qualis A1-B2.
ii. Reciclagem de professores via estágios pós-doutorais. Três professores realizaram estágios de pós-doutorado em três importantes centros dos Estados Unidos. Mais recentemente, o prof, Ricardo Azoubel M. Silveira (atual coordenador do Programa) trabalhou como professor visitante na Université Libre de Bruxelles (BATir/ULB), Bélgica, por um período de um ano;
iii. Destaca-se também a crescente inserção internacional do Programa com a participação dos seus alunos em doutorado sanduiche no exterior;
iv. Crescente reconhecimento nacional da atuação de docentes do Programa e busca por inserção internacional;
v. Localização privilegiada do Programa, numa região produtora de aço, propicia a interação universidade/empresa; e
vi. Por fim, e de grande relevância, a entrada de professores no Programa da área de materiais tem contribuído de forma significativa no aumento produção qualificada do PROPEC e na aprovação de projetos de pesquisa com impacto relevante na nossa sociedade.

 

Outro fator que merece destaque é a exigência, pelo Regulamento Interno do PROPEC e pelas Regras de Credenciamento de Docentes, para a publicação de artigos em periódicos qualificados, tanto para a titulação de doutores como para a classificação de docentes como membro do corpo permanente do Programa. Isto tem sido responsável pelos bons quantitativos de desempenho do Programa, nos 2 últimos triênios (2007-2009, 2010-2012), em termos de artigos de qualidade. Tendência também observada no quadriênio anterior (2013-2016) e que tem se confirmado no Quadriênio 2017-2020. Os últimos 4 anos (2017-2020) foram, sem dúvidas, os melhores do PROPEC em termos de produção intelectual (bibliográfica e técnica), como pode ser atestado nesta Plataforma.

Relevante também mencionar os editais lançados pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPI) da UFOP para captação de recursos pelos professores para revisão, tradução e taxa de publicação de trabalhos de pesquisa desenvolvidos nas pós com alunos de mestrado e doutorado em revistas com Qualis superiores a B2.

Vale destacar a Resolução CEPE 7320, de 25 de janeiro de 2018, que estabeleceu prazos máximos de defesa de mestrado e doutorado, respectivamente de 3 e 5 anos. Isso fez com que os alunos publicassem os artigos relacionados com os seus trabalhos de mestrado e doutorado enquanto os mesmos são discentes do Programa. Como consequência, observa-se fortemente, em anos recentes, a participação discente elevada na produção de artigos e congressos do Programa.

 

Por fim, merece destaque a Resolução já discutida na Câmara de Pós-Graduação que ajudará sobremaneira no planejamento futuro dos Programas com vistas à inserção internacional. Trata-se do Programa de Incentivo à Mobilidade Docente para Fortalecimento da Pesquisa e Pós-Graduação da UFOP (PMD-PPG). O PMD-PPG será viabilizado pela concessão de vagas para contratação de professores temporários para: 
i. Substituir docentes efetivos em afastamento pós-doutoral (professor visitante júnior ou sênior segundo definição da CAPES); e
ii. Atuar como pesquisador visitante nos Programas de Pós-Graduação (PPGs) da UFOP.

 

Em quais pontos o Programa pode melhorar:
Em termos gerais, e como já relatado no Coleta de 2019, destacam-se os dois pontos básicos nos quais o Programa ainda pode melhorar sensivelmente, mas que tem atuado de forma sistemática, via cobrança de professores e alunos, para alcançar:
1. Aumento da produtividade de artigos em periódicos bem qualificados segundo o sistema Qualis/CAPES. O Programa vem melhorando sensivelmente nesse quesito nas últimas avaliações. Como já mencionado, os últimos 4 anos (2017-2020) foram os melhores do PROPEC;
2. Aumento da visibilidade do Programa, buscando uma maior inserção internacional, por meio da realização de estágios pós-doutorais, realização de doutorado sanduiche por seus alunos e atração de professores visitantes nacionais e estrangeiros. 

 

Ressalta-se, entretanto, que o PROPEC tem aprovado medidas internas no sentido de melhorar os quesitos apontados acima. Uma medida, por exemplo, foi a elaboração do credenciamento docente utilizando as regras recentemente aprovadas pelo Colegiado do Programa.
Outra medida tem sido a atuação contínua de docentes do Programa na orientação de projetos de iniciação científica, que têm despertado a atenção de muitos alunos de graduação para a pesquisa e pós-graduação. Nota-se já em 2020 um aumento considerável de orientações IC por parte do quadro docente do Programa (professores permanente e colaboradores).

Também reconhecemos que, a UFOP, via a sua Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PROPPI/UFOP; www.proppi.ufop.br), tem chamado a atenção para a relevância da pós-graduação em nossa universidade, como forma de aumentar o nível dos profissionais formados na instituição.

As últimas ações por parte da PROPPI/UFOP são no sentido de atender fortemente o segundo ponto acima. O Programa vem atuando procurando atender essa meta, uma vez que os seus professores começaram a realização de estágios pós-doutorais desde 2006. Da mesma forma, os doutorados sanduiches, quando existem bolsas de órgãos de fomento, são bastante incentivados e têm sido realizados por nossos alunos. Esperamos, adicionalmente, como o forte apoio da PROPPII/UFOP, poder em breve atrair professores visitantes para atuar no nosso Programa.

Em conformidade com a política institucional, demonstrando o envolvimento da universidade com aquilo desejado pela CAPES, a UFOP também vem atuando com o objetivo de estabelecer mecanismos para ajudar os Programas de Pós-Graduação na identificação de pontos que podem contribuir para a melhora contínua da qualidade dos Programas. Com o intuito de desenvolver o Planejamento Estratégico dos Programas e ajudar no processo de autoavaliação, em 2019, a PROPPI/UFOP solicitou a colaboração dos coordenadores atuais à época e os anteriores, além dos secretários dos Programas, para responderem ao levantamento de dados por meio de formulário Google docs. O questionário tem por objetivo fomentar uma futura análise SWOT dos Programas. A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para analisar o ambiente, servindo de base para o Planejamento Estratégico. Com esta ferramenta podemos verificar a situação e a posição do Programa, suas forças e fraquezas no ambiente interno e suas oportunidades e ameaças no ambiente externo, e assim obter vantagem competitiva e um melhor desempenho.